sábado, 30 de abril de 2016

Resenha: It: A Coisa - Stephen King


“[...] certo de que a qualquer momento a porta do porão se fecharia sozinha, bloqueando a luz branca que entrava pelas janelas da cozinha, e ele ouviria A Coisa, algo pior do que todos os comunistas e assassinos do mundo, pior do que os japoneses, pior do que Átila, o Huno, pior do que as coisas de cem filmes de terror. ”

No ano 1958, algo terrível e inacreditável aconteceu com Bill, Stan, Mike, Richie, Beverly, Eddie e Ben em Darry, uma cidade onde periodicamente aconteciam coisas estranhas e ninguém se importava muito. Agora, em 1985, quando todos, exceto por Mike, haviam esquecido todos os acontecimentos ocorridos há 27 anos, todos são chamados de volta para Darry, estava acontecendo de novo. Então todos começam a lembrar: Darry; as mortes; as crianças desaparecidas; os túneis; Hanry Bowers (o valentão da infância deles); a promessa de voltar caso começasse de novo; a Coisa.... Agora eles têm que sair de suas novas vidas e voltar para suas vidas antigas, lembrar de tudo o que aconteceu e derrotar a Coisa definitivamente.
A história é contada em terceira pessoa e se passa no tempo passado (1958, tendo início com a morte de George – irmão de Bill – até a primeira tentativa de matar a coisa) e no tempo presente (1985, que de início mostra como está a vida deles e a jornada às lembranças passadas até a segunda tentativa de matar a coisa).

“Depois da dor e daquele breve medo intenso, outra nova emoção surgiu (assim como todas as emoções genuínas eram novas para a Coisa, embora a coisa fosse uma grande imitadora de emoções): raiva. Ela mataria essas crianças porque elas tinham, por algum acidente incrível, ferido a Coisa. Mas ela faria com que elas sofressem primeiro por que por um breve momento fizeram a coisa ter medo delas. ”

Como é de se esperar de um livro com 1102 páginas, além das letras bem pequenas, se trata de um livro bastante descritivo, mas que, por ser tão bem escrito, não é nada cansativo. Uma história que te prende do início ao fim (fiquei um pouco disperso só nas partes históricas a respeito de Darry e os acontecimentos) e brinca com suas emoções; te faz rir, te faz chorar, te faz ter muita raiva, te faz ter medo, te faz ficar horrorizado... tudo isso e mais algumas coisas. Os sentimentos que mais se manifestaram em mim foi a raiva (principalmente quando se tratava do relacionamento da Bev com seu pai ou seu marido Tom) e o horror, sim, o horror foi o mais forte de todos. Durante a leitura você fica enjoado, enojado, escandalizado..., mas não consegue parar, você sente a necessidade daquilo, você sente sede de todo esse horror.
       Exceto pelas partes que falam sobre a história de Darry, como eu já disse, não tenho nada ressaltar como negativo em It: A Coisa. Foi o primeiro livro do Stephen King que li e, se já o considerava pakas antes ler, agora o considero mais ainda. Fazer o que quando o cara é Rei né?! O Iluminado já está na fila de leitura. Acho que todos deveriam ler um livro do Stephen, It é uma ótima opção para iniciar, um tanto extensa, sim, mas uma ótima opção.

 “Por apenas um momento, ela viu os reflexos deles no vidro. Só que eram seis, não quatro, porque Eddie estava atrás de Richie e Stan estava atrás de Bill, com aquele meio sorriso no rosto. ”

Nota: 4,5 – Realmente bom / Favoritei

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quinta-feira, 21 de abril de 2016

Resenha: Caixa de Pássaros - Josh Malerman

Fonte: Skoob
“Eles analisam. Examinam. Observam. Fazem a única coisa que Melorie não pode fazer. Olham. ”

            Imagine viver em um mundo em que não se pode olhar, onde se tem que viver sob a escuridão imposta pelas vendas sobre o rosto e as coberturas na janela. Como seria saber que o que antes era o seu mundo, agora é o mundo das criaturas que habitam lá fora, espreitando e aguardando o momento em que serão vistas.
            Melorie acompanha o início desse novo mundo, o início dos boatos, as notícias dos primeiros casos. Mas ela não acredita que possam realmente existir criaturas que, ao serem vistas, roubam a sanidade de quem as viu, os levando a machucarem quem estiver por perto e a si mesmos. Até que algo horrível acontece com alguém bem próximo de Malorie e ela é forçada a acreditar que é verdade; que essa será sua nova realidade. Impulsionada por um anuncio, Melorie dirige seu carro, gravida e de olhos fechados, até uma casa que promete abrigar e dar apoio a quem estiver precisando durante aquele momento de crise. Nessa casa, onde conhece Tom e os outros moradores, ela aprende a sobreviver da melhor forma possível, e, ao mesmo tempo, todos lutam para preservar os suprimentos necessário.
            O livro se passa em dois momentos: o presente, onde vemos a tentativa de Melorie de ir até um novo lugar, onde existe a promessa de uma vida melhor, sem riscos e autossustentável, na esperança de encontrar uma vida melhor para ela e seus filhos; e passado, onde conhecemos toda a história desde o surgimento das criaturas, até o momento em que ela decide sair da casa com seus filhos.
             A história segue uma linha de acontecimentos sombria e intrigante que faz com que fiquemos ansiosos e apavorados durante a leitura. Ela é capaz de lhe deixar com medo de sair na rua com os olhos abertos, e digo isso com uma certeza de acontecimentos pessoal, porque eu mesmo fiquei com medo de fazê-lo.
            Só tenho um aspecto negativo a ressaltar a respeito do livro e sua história, no entanto, se trata de um spoiler, então, agora avisado, se você não quiser saber o que acontece, recomendo que vá para outra resenha deste bolg... se não se importa com o spoiler, pode continuar.

SPOILER


            Apesar do enredo ser interessante e prender o leitor, senti falta de saber mais a respeito das criaturas. O livro termina sem sabermos o que elas são, o que pretendem, porque faziam o que faziam... ou seja, termina o livro e apenas sabemos que as criaturas deixam as pessoas loucas. Na minha opinião, isso foi pouco. Sendo assim, a não ser que exista um segundo livro previsto, a história ficou incompleta!

“Será que sabem o que fazem? Será que querem fazer o que fazem? ”

Nota: 4 – Realmente bom.

Concordam? Não? Me digam aí nos comentários!