“[...] certo de que a
qualquer momento a porta do porão se fecharia sozinha, bloqueando a luz branca
que entrava pelas janelas da cozinha, e ele ouviria A Coisa, algo pior do que
todos os comunistas e assassinos do mundo, pior do que os japoneses, pior do
que Átila, o Huno, pior do que as coisas de cem filmes de terror. ”
No ano 1958, algo
terrível e inacreditável aconteceu com Bill, Stan, Mike, Richie, Beverly, Eddie
e Ben em Darry, uma cidade onde periodicamente aconteciam coisas estranhas e
ninguém se importava muito. Agora, em 1985, quando todos, exceto por Mike,
haviam esquecido todos os acontecimentos ocorridos há 27 anos, todos são
chamados de volta para Darry, estava acontecendo de novo. Então todos começam a
lembrar: Darry; as mortes; as crianças desaparecidas; os túneis; Hanry Bowers
(o valentão da infância deles); a promessa de voltar caso começasse de novo; a
Coisa.... Agora eles têm que sair de suas novas vidas e voltar para suas vidas
antigas, lembrar de tudo o que aconteceu e derrotar a Coisa definitivamente.
A história é
contada em terceira pessoa e se passa no tempo passado (1958, tendo início com
a morte de George – irmão de Bill – até a primeira tentativa de matar a coisa)
e no tempo presente (1985, que de início mostra como está a vida deles e a
jornada às lembranças passadas até a segunda tentativa de matar a coisa).
“Depois da dor e
daquele breve medo intenso, outra nova emoção surgiu (assim como todas as
emoções genuínas eram novas para a Coisa, embora a coisa fosse uma grande
imitadora de emoções): raiva. Ela mataria essas crianças porque elas tinham,
por algum acidente incrível, ferido a Coisa. Mas ela faria com que elas
sofressem primeiro por que por um breve momento fizeram a coisa ter medo delas.
”
Como é de se
esperar de um livro com 1102 páginas, além das letras bem pequenas, se trata de
um livro bastante descritivo, mas que, por ser tão bem escrito, não é nada
cansativo. Uma história que te prende do início ao fim (fiquei um pouco
disperso só nas partes históricas a respeito de Darry e os acontecimentos) e
brinca com suas emoções; te faz rir, te faz chorar, te faz ter muita raiva, te
faz ter medo, te faz ficar horrorizado... tudo isso e mais algumas coisas. Os
sentimentos que mais se manifestaram em mim foi a raiva (principalmente quando
se tratava do relacionamento da Bev com seu pai ou seu marido Tom) e o horror,
sim, o horror foi o mais forte de todos. Durante a leitura você fica enjoado,
enojado, escandalizado..., mas não consegue parar, você sente a necessidade
daquilo, você sente sede de todo esse horror.
Exceto pelas partes que falam sobre a
história de Darry, como eu já disse, não tenho nada ressaltar como negativo em It: A Coisa. Foi o primeiro livro do
Stephen King que li e, se já o considerava pakas
antes ler, agora o considero mais ainda. Fazer o que quando o cara é Rei né?! O Iluminado já está na fila de leitura. Acho
que todos deveriam ler um livro do Stephen, It
é uma ótima opção para iniciar, um tanto extensa, sim, mas uma ótima opção.
“Por apenas um momento, ela viu os reflexos
deles no vidro. Só que eram seis, não quatro, porque Eddie estava atrás de
Richie e Stan estava atrás de Bill, com aquele meio sorriso no rosto. ”
Nota: 4,5 – Realmente bom / Favoritei
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